Universo observável

Hubble Ultra Deep Field - fotografia do telescópio Hubble mostra centenas de milhares de galáxias em um pequeno pedaço do céu.
No campo científico conhecido como Cosmologia, Universo Observável é o circuito cósmico demarcado por uma esfera, no centro da qual se encontra um ser que pode avaliar o que está a sua volta. Este espaço é diminuto o bastante para que tudo nele existente possa ser analisado. Portanto, desde o momento do famoso Big Bang, o tempo decorrido foi exatamente o necessário para que os corpos aí presentes pudessem enviar energia, navegando à velocidade da luz, e com ela atingir esta pessoa. De cada ângulo é possível vislumbrar um universo observável, seja ele integrante ou não do perímetro que circunda a Terra. No início, o Universo era uma substância opaca.
 
Apenas 300 mil anos depois de sua criação é que ele adquiriu uma textura transparente, graças a uma radiação detectada pelo satélite COBE. Além dos limites desta porção radiante, nada mais há que se possa visualizar. É como se houvesse uma barreira e, para lá deste portal, tudo fosse apenas trevas; este ponto configura o limite do Universo observável. Mas esta expressão nada tem a ver com esta radiação. Ela apenas implica que qualquer luz ou radiação emitida por um artefato no interior do Universo observável pode atingir a percepção de um terráqueo.

Mas nunca será possível alcançar a visão do que ocorreu no instante do Big Bang, nem mesmo com os mais potentes instrumentos astronômicos. O Homem está, assim, segundo os cientistas, fadado a se manter no interior deste fenômeno. É comum encontrar-se, nas publicações científicas, o termo Universo ao invés de Universo Observável, com o mesmo significado. Isto ocorre porque não é possível vivenciar a presença de um cosmos que esteja desvinculado de qualquer compreensão humana da sua origem, daí a Humanidade só ter acesso ao que conhece, neste caso, a formação do Universo gerado pelo Big Bang. É claro que não se pode provar que as margens do universo observável sejam precisamente simétricas ao contorno físico do Cosmos, se é que estas delimitações realmente têm existência concreta.

Se assim fosse, os estudiosos teriam que admitir o Planeta Terra como um corpo em torno do qual tudo gira no Universo, o que é completamente inviável. Também há a hipótese do Cosmos ser menor que o universo observável. Se isto for verdade, as galáxias que julgamos estar muito longe podem nada mais ser que cópias de corpos que se encontram mais perto, constituídas por luzes que transitaram por todo o Universo. Não é simples provar esta afirmação, pois as galáxias se metamorfoseiam ao longo de sua trajetória no tempo-espaço, e reproduções delas revelariam distintos estágios de sua evolução, com aspectos bem diferentes uns dos outros.
Fonte:www.infoescola.com

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