Astrônomos observam asteróide passar perto da Terra

O asteróide 2010 TD54 fez sua maior aproximação da Terra às 7h51 de Brasília, quando ficou dentro de um raio de de 45 mil km do planeta. O astro estava sobre o sudoeste asiático, perto de Singapura. Astrônomos do Massachusetts Institute of Technology (Instituto de tecnologia de Massachusetts, MIT), em Boston, Estados Unidos, usaram um link remoto com o Infrared Telescope Facility (Telescópio Infravermelho, IRTF) da NASA no Havaí para observar o asteróide, que possui uns 10 metros de comprimento. Não houve risco do asteróide entrar na atmosfera ou explodir. Mesmo que entrasse, ele seria muito pequeno para sobreviver à passagem pela atmosfera e chegar ao chão. "No caso do 2010 TD54, queremos aprender sua composição básica e ver se seu encontro com a Terra causa alguma mudança (nele)", disse Richard Binzel, professor de ciência planetária no MIT.
 Estudos anteriores mostraram que encontros de asteróides com a Terra podem causar tremores que movem material da superfície, alterando sua aparência. 2010 TD54 foi descoberto no último sábado (09/10/2010) por astrônomos usando o Catalina Sky Survey, patrocinado pela NASA, em Tucson, Arizona. Pequenos asteróides que antes eram desconhecidos, como o 2010 TD54, frequentemente passam pela Terra. Acredita-se que um asteróide com cerca de 5 metros passe por dentro da órbita da Lua cerca de uma vez por dia, segundo cientistas da NASA. Tipicamente, um deles entra na atmosfera terrestre a cada dois anos. Estima-se haver 30 milhões de asteróides desconhecidos em nosso Sistema Solar. Asteróides com cerca de 140 metros podem causar danos generalizados em seus locais de impacto, mas para uma devastação global, os asteróides teriam que ser maiores. A NASA regularmente rastreia asteróides e cometas que passam perto da Terra como parte de seu programa Near-Earth Object Observations (Observações de Objetos Próximos à Terra), que usa uma rede de telescópios no solo e no espaço. O programa já rastreou 85% dos maiores asteróides que passam perto da Terra e 15% dos asteróides do tipo de 140 metros, segundo o último relatório. A NASA também planeja enviar astronautas a um asteróide daqui a cerca de quinze anos, segundo o novo planejamento pedido pelo presidente Barack Obama. A missão poderia ajudar cientistas a entender melhor a composição de asteróides, assim como desenvolver melhores métodos de impedí-los caso representem uma ameaça à Terra.
Créditos: Blog do Astrônomo

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