Restos de outra galáxia são encontrados dentro da Via Láctea

Visualização do Fluxo de Aquário, oriundo de um evento galáctico que ocorreu há apenas 700 milhões de anos. [Imagem: Arman Khalatyan, AIP]

Fluxo de Aquário
 
Uma equipe internacional de astrônomos descobriu uma nova corrente de estrelas na Via Láctea, remanescente de uma outra galáxia menor, que foi atraída e incorporada pela força gravitacional da nossa própria galáxia. A corrente foi batizada de "Fluxo de Aquário", ou "Corrente de Aquário" (Aquarius Stream). Essa atração, fatal para a outra galáxia, deve ter ocorrido há cerca de 700 milhões de anos, calculam os cientistas. Isto torna o Fluxo de Aquário extremamente jovem - os outros fluxos de estrelas conhecidos têm bilhões de anos de idade e estão localizados na periferia da nossa galáxia. Ao contrário de praticamente todos os fluxos de estrelas conhecidas, o Fluxo de Aquário está dentro do disco galáctico, onde a alta concentração de estrelas da Via Láctea torna difícil sua identificação. "Ele está bem à nossa porta, nós simplesmente não conseguíamos vê-lo," disse a Dra. Mary Williams, do Instituto Astrofísico de Potsdam, que coordenou a pesquisa, realizada no Observatório Siding Spring, na Austrália.

Colisões de galáxias

A descoberta é parte de uma campanha denominada RAVE, que pretende rastrear até 1 milhão de estrelas da nova Via Láctea até 2012, na tentativa de entender o processo de formação da nossa galáxia. O projeto RAVE (Radial Velocity Experiment) é chamado pelos astrônomos de "arqueologia galáctica", e está coletando dados de todo o céu em busca de informações sobre a história da formação da Via Láctea. "Queremos descobrir qual foi a frequência desses eventos de fusão com galáxias vizinhas no passado e quantos podemos esperar no futuro," explica o Dr. Matthias Steinmetz, coordenador do projeto RAVE. Mas uma coisa parece certa: dentro de mais ou menos três bilhões de anos a Via Láctea terá sua próxima grande colisão, com a vizinha galáxia de Andrômeda - isto se alguma das galáxias anãs descobertas durante os últimos anos em nossa vizinhança cósmica não chegar primeiro.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

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