Nova descoberta põe em dúvida o motivo pelo qual a matéria existe

O bom e já um pouco velho LHC (Large Hadron Collider, o famoso acelerador de partículas que está no subterrâneo da fronteira Franco-Suíça e faz simulações físicas de como o universo teria surgido) continua levantando teorias. A mais recente põe em dúvida, simplesmente, o motivo pelo qual tudo existe!
Aparentemente, uma nova descoberta viola uma lei física que comprova a existência de matéria no universo. A história começa quando os cientistas da Organização Europeia de Pesquisas Nucleares (CERN, na sigla em inglês) resolveram analisar a fundo a partícula quark-b (nome dado a partir de uma configuração que leva em conta a carga elétrica e outras características da partícula), que é um dos seis tipos de quark conhecidos. Observando a partícula, eles notaram a ausência de uma anti-partícula, simétrica, ligada ao quark-b. Isso é uma grave contestação a uma lei física que explica o surgimento das coisas. Segundo tal teoria, a grosso modo, toda a matéria existente no universo tem um vestígio de anti-matéria equivalente, e ambas – matéria e anti-matéria – existiam em quantidades iguais quando houve o Big Bang. Na teoria, matéria e anti-matéria deveriam eliminar-se mutuamente, deixando apenas o vazio e nenhum universo, mas de algum modo a matéria prevaleceu. A “junção” do quark-b com a sua anti-matéria (o antiquark-b) forma o méson-B. O méson-B, fisicamente, tende a decair para outras partículas, e por alguma razão ele tende a decair para matéria, e não anti-matéria. Isso foi comprovado por um estudo no ano passado, e legitima a teoria da simetria entre matéria e anti-matéria. Mas a descoberta feita agora mostra algo diferente: não há qualquer tendência de decaimento para a matéria, ou seja, essa simetria pode não existir. A descoberta cria um problema para várias outras teorias sobre o surgimento do universo, todas amparadas pela tese da simetria. Para evitar conclusões precipitadas, no entanto, os cientistas do CERN pretendem fazer testes com outras partículas nucleares. O erro, segundo eles, pode estar na análise de alguma condição relacionada ao quark-b. Isso significa que a teoria da simetria entre matéria e anti-matéria não está descartada por completo.
Fonte: http://hypescience.com/
 [POPSCI]

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