Cientistas criam mapa geológico de grande lua de Júpiter

Foram identificados 425 vulcões na quarta maior lua do Sistema Solar
Imagem de Io capturada pela sonda Galileo (NASA/JPL)
A Io, uma das grandes luas de Júpiter, foi descoberta há mais de 400 anos. Mas só agora foi produzido o primeiro mapa geológico completo do satélite, assinado por cientistas da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos. O trabalho, publicado pelo United States Geological Survey (USGS) – instituição americana de pesquisas científicas –, descreve as características e as idades relativas dos vulcões presentes na lua, que estão entre os mais ativos de todo o sistema solar.  Desde sua descoberta, o satélite tem sido alvo de repetidas observações telescópicas, cujo objetivo é entender as características geológicas peculiares da lua. Esses estudos mostraram que o grande número de vulcões em Io é causa de um aquecimento no interior do satélite, provocado pelo seguinte fenômeno: a lua é perturbada em sua órbita por dois outros grandes satélites vizinhos, o Europa e o Ganímedes, mas puxado de volta por Júpiter para a órbita regular, causando uma grande perturbação gravitacional. Agora, um mapa geológico colorido e altamente detalhado dá um grande passo no estudo geológico de Io. Sua superfície foi mapeada por meio de quatro mosaicos de imagens distintos, montados pela USGS. Esses moisacos combinam as melhores imagens feitas em 1979 pelas sondas espaciais Voyager 1 e Voyager 2, além de imagens captadas pela sonda Galileo, que orbitou Júpiter de 1995 a 2003.
O mapa levou seis anos para ser finalizado
O trabalho revela uma série de características vulcânicas, como as pateras – centros vulcânicos semelhantes a caldeiras, mas diferentes dos encontrados na Terra –, as correntes de lava, os depósitos de plumas (cinzas) vulcânicas, entre outros fenômenos. Com este mapeamento, que demorou seis anos para ser finalizado, os cientistas identificaram que a superfície do satélite contém 425 pateras, o que torna Io pelo menos 25 vezes mais ativo que a Terra. Segundo David Williams, principal autor do estudo, "uma das razões para a realização deste mapa foi criar uma ferramenta que permitisse a continuidade dos estudos científicos de Io e que auxiliasse em missões futuras no sistema de Júpiter." O cientista afirma que a equipe está criando agora um banco de dados online, a ser concluído ainda neste ano, que incluirá o mapa geológico, os mosaicos de imagem e todas as observações úteis a respeito do satélite.
Fonte: http://veja.abril.com.br

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