Energia escura é observada nos colossos do universo

Cientistas encontraram mais evidências intrigantes da existência de energia escura, um dos fenômenos mais confusos da natureza.

Cerca de 74% do universo é feito de energia escura, enquanto a matéria escura, uma misteriosa forma de matéria que os cientistas podem apenas detectar observando sua força gravitacional atuando sobre objetos, forma cerca de 22%. Sobram apenas 4% do universo composto por coisas que podemos ver e tocar; os prótons elétrons e nêutrons normais chamados de matéria bariônica. Os cientistas ainda não sabem o que é a energia escura, mas eles observam que seu puxão causa a aceleração da expansão do universo. Agora eles conseguiram ver esta força misteriosa atuando em algumas das maiores estruturas conhecidas pelo homem: os super-agrupamentos de galáxias e os super-vazios intergalácticos.

Super-agrupamentos são áreas do espaço particularmente lotadas, cada uma com muitas galáxias espremidas em uma região de apenas 500 milhões de anos-luz, enquanto os super-vazios são o oposto: partes áridas do espaço sem galáxias. O astrônomo István Szapudi e colegas da Universidade do Hawaii observaram a energia escura se esticando nestas áreas ao detectar mudanças nos raios de luz de microondas antes e depois de passarem através das regiões.

“Quando a microondas entra em um super-agrupamento, ela ganha alguma energia gravitacional, e portanto vibra um pouco mais rápido”, disse István. “Em seguida, quando sai do super-agrupamento, deve perder exatamente a mesma quantidade de energia. Mas se a energia escura faz com que o universo se expanda a uma taxa mais acelerada, o super-agrupamento se espalha pelo mesmo meio bilhão de anos que a luz microondas leva para atravessá-lo. Desse modo a onda consegue manter uma parte da energia que ganhou antes, quando entrava no super-agrupamento.”

O grupo analisou um mapa da variação da força da radiação microondas espalhada pelo Big Bang – chamada de radiação cósmica de fundo microondas – pelo universo. Eles compararam seus dados a um mapa do universo com os 50 maiores super-vazios e os 50 maiores super-agrupamentos.

Na imagem acima os pesquisadores compararam as direções no céu onde encontraram super-agrupamentos (círculos vermelhos) e super-vazios (círculos azuis) com a força da radiação Cósmica Microondas de Fundo. Como previsto pelos pesquisadores, as microondas eram um pouco mais fortes se tivessem passado através de um super-agrupamento, e um pouco mais fracas se tivessem passado através de um super-vazio. “Com este método, pela primeira vez pudemos ver o que super-agrupamentos e super-vazios fazem quando as microondas passam através deles”, disse Granett. A equipe irá detalhar as suas descobertas na revista científica Astrophysical Journal Letters.
Fonte: Hypescience.com
[LiveScience]

Comentários

  1. Sobre expansão cosmológica, sempre se propõem a existência de 02 forças, uma gravitacional e outra anti-gravitacional.
    Poderia ser apenas 01 força que partiria do ponto zero e se expandiria e o vácuo do espaço é considerada uma forma de energia de ponto zero.

    Vácuo, sem deturpação do sentido físico que o é, trata-se de um campo espacial sem matéria alguma e, portanto sem temperatura gradual, ou seja, sua temperatura seria zero absoluto.
    Em temperatura zero a radiação de calor é zero e assim a energia do vácuo não apresentaria nenhum resultado de grandeza, ou seja, seria esta energia apenas um potencial inerte disponível para trabalho aguardando um estimulo.
    Uma energia só se manifesta se houver uma diferença de pressão entre dois ambientes, e, portanto no vácuo isto seria impossível já que ele seria um campo único.
    Isto talvez de a razão a Einstein quando da sua primeira colocação da sua teoria da relatividade, neste ponto ele estaria certo, o Cosmo como pano de sustentação do Universo é um campo estacionário inerte.


    CONSTANTE COSMOLÓGICA.
    Adicionemos agora a este Cosmo/vácuo espacial um planeta Terra, este com certeza ira irradiar calor ao seu redor e assim o campo energético do vácuo iria vibrar e se manifestar.
    Mas neste ponto o Universo continuaria estático, pois as diferenças de pressões iram ser iguais em todos os lados.
    Adicione agora um satélite chamado Lua, este iria irradiar calor no vácuo criando uma nova onda vibratória, que ao se encontrar com a onda gerada pela Terra iria criar uma pressão entre os dois maior que a pressão que estivesse atrás dos mesmos afastando um do outro.
    Seria esta a constante cosmológica?

    SISTEMA GRAVITACIONAL.
    Adicione agora o Sol e todos os outros astros do Universo, emitindo radiações de calor em todo o espaço, hora quando próximos de um astro a pressão seria maior, hora quando afasta dele mais fraca, mas como ficou mais perto de outro sua oposta fica mais forte empurrando-o de volta ao astro anterior, e quando próximo a este novamente seria afastado.
    A este sistema poderíamos dar o nome de “sistema gravitacional”?
    Ou ainda quem sabe, não seria este o sistema proposto por Einstein, só que a deformação do espaço é promovida pela temperatura dos corpos e não pelo volume ou massa?

    Em resumo, as leis da termodinâmica poderiam ser aplicadas ao “VÁCUO COSMOLÓGICO”?

    Princípio primeiro: conservando a energia
    De acordo com o princípio da Conservação da Energia, a energia não pode ser criada nem destruída, mas somente transformada de uma espécie em outra. O primeiro princípio da termodinâmica estabelece uma equivalência entre o trabalho e o calor trocados entre um sistema e seu meio exterior no que se refira à variação da energia interna do sistema.
    Para a aplicação do primeiro princípio de termodinâmica devem-se respeitar as seguintes convenções:
    Q > 0: calor é recebido pelo sistema oriundo de sua vizinhança.
    Q < 0: calor cedido pelo sistema à vizinhança.
    W > 0: volume do sistema aumenta; o sistema realiza trabalho sobre a vizinhança (cujo volume diminui).
    W < 0: volume do sistema diminui; o sistema recebe energia na forma de trabalho oriunda de sua vizinhança (cujo volume aumenta).
     > 0: a energia interna do sistema aumenta.
     < 0: a energia interna do sistema diminui.

    A transformação termodinâmica a ser aplicada no sistema VÁCUO COSMOLÓGICO seria a cíclica ou ciclo de um sistema onde o conjunto de transformações sofridas tenha seu estado final e inicial iguais.
    Quando o ciclo completo é percorrido no sentido horário, o sistema recebe calor e realiza trabalho, que neste caso seria a dilatação espacial (o trabalho W e o calor Q totais são ambos positivos); no sentido anti-horário o sistema cede calor e recebe trabalho (o trabalho W e o calor Q totais são ambos negativos),ou seja, astros próximos aumentam o calor do vácuo e promove a dilatação do espaço, ao se distanciarem diminuem o calor entre eles e promovem a contração espacial.

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  2. Do ponto de equivalência:
    Quanto às equivalências, usarei uma regra primária de Newton escrito nas duas primeiras regras para o estudo do Livro 3 de Principia, de 1726:
    “Não devemos admitir mais causas para os fenômenos naturais do que aquelas verdadeiras e suficientes para explicá-los. Portanto aos mesmos fenômenos naturais devemos, na medida do possível, atribuir as mesmas causas.”

    Crosta terrestre:
    A principal causa da movimentação das placas tectônicas são as diferenças de pressão causadas pelas diferenças de temperatura.
    Correntes oceânicas:
    Apesar da rotação da Terra e dos ventos influenciarem nas correntes marítimas, o fator principal desta movimentação é a diferença de pressão, promovida pela diferença de temperatura das águas.
    Correntes atmosféricas:
    Estas também possuem sua movimentação ocasionada pelas diferenças de temperatura.
    Correntes cosmológicas:
    Seria absurdo deduzir que as correntes cósmicas também tivessem influencia da diferença de temperaturas radiadas pelos astros que a compõem?


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