Telescópio espacial Herschel ficará 'cego' em março; veja fotos

Satélite da Agência Espacial Europeia deixará de funcionar por falta de combustível no equipamento de refrigeração
O telescópio espacial da Agência Espacial Europeia (AEE) Herschel deve encerrar suas operações em março depois de conseguir reunir um vasto catálogo de imagens do espaço. O Herschel será lembrado pelas imagens impressionantes de grandes panoramas de gás e poeira, mostrando nuvens e filamentos invisíveis a telescópios óticos como o Hubble. O equipamento de 1 bilhão de euros emprega detectores especiais que precisam ser mantidos em temperaturas excepcionalmente baixas. Mas o gás hélio que move o refrigerador se esgotará em algumas semanas, o que deixará o telescópio 'cego'.​ Os cientistas estão correndo contra o tempo para tentar colher o máximo possível de imagens. Com seus detectores infravermelhos, o Herschel conseguiu captar imagens inéditas e fornecer novas informações sobre locais e corpos celestes conhecidos e sobre processos de formação de estrelas e evolução das galáxias. O Herschel tinha um espectrômetro capaz de decifrar a química de regiões do espaço.
O telescópio da Agência Espacial Europeia (AEE) Herschel deve encerrar suas operações em março. O instrumento conseguiu fazer um grande catálogo de imagens do espaço. Acima, nesta foto recente, o Herschel mostra as camadas de gás da Betelgeuse, uma das estrelas mais conhecidas.Foto: ESA/Herschel/PACS/MESS / Divulgação

O telescópio conseguiu estudar a evolução das galáxias. Nesta imagem, de uma pequena área da constelação Ursa Maior, incontáveis galáxias foram registradas.Foto: ESA/SPIRE/HerMES / Divulgação

Um dos instrumentos do Herschel é o HIFI. O espectrômetro consegue decifrar a química do espaço. O estudo realizado pelo Herschel do cometa Hartley 2 mostrou que o objeto tinha água e gelo com uma composição parecida com a dos oceanos da Terra.Foto: ESA/NASA/Herschel/HSSO/JPL / Divulgação

O Herschel será lembrado como o telescópio que produziu grandes panoramas de gás e poeira, como esta na constelação de Cygnus. Invisível aos telescópios óticos como o Hubble, estas nuvens e filamentos rastreiam os locais onde as estrelas se formarão no futuro.Foto: ESA/Herschel/PACS/SPIRE/HOBYS Consortium / Divulgação

O telescópio revelou novos fatos sobre nossa própria galáxia. Aqui, examinando o centro da Via Láctea, o Herschel olha para uma 'fita' de gás frio e poeira que tem mais 600 anos-luz de comprimento e parece retorcida. Os cientistas ainda não conseguiram explicar a razão para isto.Foto: ESA/NASA/JPL-Caltech/Hi-GAL / Divulgação

Com seus detectores infravermelhos, o Herschel conseguiu fazer novas imagens e fornecer novas informações sobre locais e corpos celestes conhecidos. Esta imagem mostra a constelação de Serpens, com nuvens de gás e poeira, que revelam os processos de formação de uma estrela.Foto: ESA/Herschel/PACS/SPIRE / Divulgação

A uma distância relativamente próxima de 2,5 milhões de anos-luz, a galáxia de Andrômeda tem um tamanho muito parecido com a Via Láctea. Aqui, as observações do Herschel (em laranja) estão combinadas com as do telescópio Newton XMM (em azul).Foto: ESA/SPIRE/PACS/HELGA/EPIC/OM / Divulgação

Acima, a visão de Herschel da RCW 120, uma bolha de gás e poeira no espaço, em volta de uma grande estrela. Outra grande estrela, que tem entre oito e dez vezes a massa do Sol, está se formando na borda da bolha (objeto branco brilhante).Foto: ESA/SPIRE/PACS/HOBYS / Divulgação
Fonte: Terra

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