Sonda Cassini descobre ‘salinas’ em Titã

Novas imagens dos lagos de hidrocarbonetos em Titã revelam o que parece ser o equivalente a salinas extraterrestres – uma descoberta que acrescenta mais uma camada de mistério para a maior lua de Saturno.
Titã está permanentemente envolto em uma neblina rica em metano, tornando-se a única lua no sistema solar a ter uma atmosfera densa. Os instrumentos a bordo da sonda Cassini, da NASA, no entanto, podem ver o que se encontra abaixo dessa neblina. Durante sobrevoos anteriores, as câmeras da Cassini mapearam lagos de metano e etano no hemisfério norte de Titã. As leituras levaram os cientistas a acreditar que há um “ciclo hidrológico” na lua, com chuva de hidrocarbonetos na superfície – semelhante ao ciclo da água na Terra. As novas imagens parecem lançar luz sobre uma etapa fundamental do ciclo de hidrocarbonetos em Titã – a fase que envia o metano e etano líquidos para a atmosfera, deixando para trás o equivalente a depósitos de sal da Terra.
 
Muitos desses corpos líquidos do norte estão rodeados por um material brilhante não visto em outros lugares de Titã”, disse Carolyn Porco, chefe da equipe de imagens da Cassini. “Esta é uma indicação de que, com o aumento do calor, os mares e lagos evaporam, deixando para trás um depósito de material orgânico… ou, em outras palavras, o equivalente a uma salina terrestre”. Os cientistas não sabem exatamente do que é feito o material, mas ele não é como o sal da Terra. Referimos o material como “orgânico” simplesmente porque ele contém átomos de carbono. Neste contexto, o termo não implica que o material foi criado como um resultado de processos biológicos. No entanto, o ambiente de Titã é pensado para permitir o tipo de química prebiótica que precedeu a ascensão da vida na Terra.

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