Sonda registra estrutura 4 vezes mais profunda que Grand Canyon em Marte

O isolado Hebes Chasma é uma estrutura irregular moldada por forças tectônicas na superfície de Marte - e a imensa rede de cânions nos arredores contém "cicatrizes" que revelam a antiga história do Planeta Vermelho. A sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), voou sobre a região inúmeras vezes, mas divulgou nesta quinta-feira um inédito mosaico com oito imagens que mostram a área em mais detalhes do que quaisquer outros registros feitos até então. Esse chasma tem quase oito quilômetros de profundidade e se estende por 315 quilômetros na direção leste-oeste e 125 quilômetros de norte a sul no seu ponto mais comprido.
 
 A estrutura é pelo menos quatro vezes mais profunda que o famoso Grand Canyon, no Estado americano do Arizona - que, no entanto, é mais longa, com 446 quilômetros de extensão. O Hebes Chasma fica a aproximadamente 300 quilômetros a norte do sistema de cânions Valles Marineris. Sua origem é associada à região vizinha de Tharsis, onde se encontra o maior vulcão do sistema solar: o Olympus Mons.
 
No centro do Hebes Chasma há uma mesa (em geografia, uma área elevada de solo com um topo plano) que se ergue até um nível semelhante ao das planícies circundantes. Nenhum outro cânion em Marte tem características parecidas, e a origem dessa estrutura é incerta. Suas camadas incluem materiais vulcânicos - assim como nas paredes principais do cânion - mas também poeira levada pelo vento e sedimentos lacustres fixados ao longo do tempo. Um material enegrecido próximo à base do chasma pode indicar erosão dos sedimentos mais novos nas áreas superiores ou a ação de vento - e até mesmo água. Uma teoria popular explica que a mesa teria se formado de material que acumulado em um lago.
Um acidente geográfico conhecido como "mesa" se ergue até um nível semelhante ao das planícies circundantes no centro do Hebes Chasma, uma isolada estrutura em Marte. A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou um mosaico com oito imagens que mostram a área em mais detalhes do que quaisquer outros registros feitos até então.Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum) / Divulgação
 
Parte de terreno em formato de ferradura domina um dos lados da estrutura. A imensa rede de cânions nos arredores contém "cicatrizes" que revelam a antiga história do Planeta Vermelho

Mosaico divulgado pela ESA mostra em detalhes o Hebes Chasma, em Marte.Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum) / Divulgação
Mapa topográfico mostra relação entre altura e profundidade de características dentro e nos arredores do Hebes Chasma. As cores branco e vermelho mostram os terrenos mais altos, enquanto azul e roxo representam os mais profundos.Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum) / Divulgação


Esse chasma (na imagem, em três dimensões) tem quase oito quilômetros de profundidade e se estende por 315 quilômetros na direção leste-oeste e 125 quilômetros de norte a sul no seu ponto mais comprido longo.Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum) / Divulgação 
 
 
Mapa mostra localização do Hebes Chasma, a aproximadamente 300 quilômetros a norte do sistema de cânions Valles Marineris. Sua origem é associada à região vizinha de Tharsis, onde se encontra o maior vulcão do sistema solar: o Olympus Mons.Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum) / Divulgação
Fonte: Terra

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