Postagens

Mostrando postagens de maio, 2016

Alma revela "PEGADAS" de formação planetaria num disco de gás

Imagem
Imagem ALMA do disco de poeira em torno de HL Tauri. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) Uma nova análise de dados obtidos pelo ALMA fornece evidências ainda mais firmes de "planetas bebé" em torno da estrela HL Tauri. Os investigadores descobriram duas lacunas no disco de gás. As localizações destas divisões no gás coincidem com as encontradas na poeira numa imagem de alta-resolução obtida em 2014 pelo ALMA. Esta descoberta suporta a ideia de que os planetas se formam em escalas de tempo muito mais curtas do que se pensava e pede uma reconsideração de cenários alternativos de formação planetária. Em novembro de 2014, o ALMA divulgou uma imagem surpreendente de HL Tauri e do seu disco de poeira. Essa imagem, a melhor já captada para este tipo de objeto, mostra claramente várias lacunas no disco de poeira em torno da estrela. Os astrónomos ainda não chegaram a uma resposta definitiva sobre o que origina as falhas no disco de poeira. Dado que estes discos são os locais

Um belo exemplo de ornamentação estelar

Imagem
Nesta imagem obtida com o Very Large Telescope do ESO (VLT ), a radiação emitida por estrelas azuis resplandecentes energiza o gás que restou da sua recente formação. O resultado é esta colorida nebulosa de emissão, chamada LHA 120-N55 , na qual as estrelas se encontram “adornadas” por um manto de gás brilhante. Os astrónomos estudam este tipo de fenómenos para aprender mais sobre as condições existentes nos locais onde novas estrelas se desenvolvem. A LHA 120-N55 , ou N55 como é normalmente conhecida, é uma nuvem de gás brilhante situada na Grande Nuvem de Magalhães , uma galáxia satélite da Via Láctea localizada a cerca de 163 000 anos-luz de distância. A N55 situa-se no interior de uma enorme concha, ou superbolha, chamada LMC 4. As superbolhas , muitas vezes com centenas de anos-luz de dimensão, formam-se quando ventos fortes lançados por estrelas recém formadas e ondas de choque de explosões de supernovas trabalham em uníssono, soprando para longe a maioria do gás e poe

Telescópios da Nasa encontram pistas de como os buracos negros gigantes se formaram tão depressa

Imagem
Esta ilustração representa a melhor evidência, até à data, que o colapso direto de uma nuvem de gás produziu buracos negros supermassivos no Universo primordial. Os investigadores combinaram dados do Chandra, do Hubble e do Spitzer para fazer esta descoberta. Crédito: NASA/CXC/STScI Usando dados dos Grandes Observatórios da NASA, os astrónomos descobriram as melhores evidências, até à data, das sementes cósmicas no Universo primordial que cresceram para buracos negros supermassivos. Os investigadores combinaram dados do Observatório de raios-X Chandra, do Telescópio Espacial Hubble e do Telescópio Espacial Spitzer para identificar estas possíveis sementes de buracos negros. Eles discutem as suas descobertas num artigo que será publicado numa próxima edição da revista Monthly Notices da Sociedade Astronómica Real.   "A nossa descoberta, se confirmada, explica como é que estes buracos negros monstruosos nasceram," afirma Fabio Pacucci da SNS (Scuola Normale Superiore) em Pis

Novo retrato de Marte pelo Hubble

Imagem
Fotografia de Marte, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, quando o planeta estava a 80,4 milhões de quilómetros da Terra no dia 12 de maio de 2016. Crédito: NASA, ESA, Equipa do Hubble (STScI/AURA), J. Bell (ASU), e M. Wolff (Space Science Institute) Calotes polares brilhantes e geladas, e nuvens por cima de uma paisagem da cor da ferrugem, mas vívida, revelam Marte como um planeta sazonal e dinâmico nesta imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA no dia 12 de maio de 2016, quando Marte estava a 80,4 milhões de quilómetros da Terra. A imagem do Hubble revela detalhes tão pequenos quanto 32 a 48 km de comprimento. A grande região escura na secção direita extrema é Syrtis Major Planitia, uma das primeiras características identificadas à superfície do planeta por observatórios do século XVII. Christiaan Huygens usou esta característica para medir a rotação de Marte (um dia marciano corresponde a aproximadamente 24 horas e 37 minutos). Hoje sabemos que Syrtis Major

Descoberta estrela com "motor interno" diferente do Sol

Imagem
O posicionamento polar das manchas indica que o campo magnético da estrela é gerado por dinâmicas internas totalmente diferentes daquelas que operam no Sol. [Imagem: R. M. Roettenbacher - 10.1038/nature17444] MANCHAS ESTELARES Pela primeira vez, manchas solares - ou manchas estelares - foram fotografadas diretamente em uma estrela que não o Sol.  Enquanto manchas solares por imagiologia foram uma das primeiras coisas que Galileu fez quando começou a usar o telescópio recém-inventado, demorou mais de 400 anos para que fazermos um telescópio poderoso o suficiente que pudesse fotografar pontos em estrelas além do Sol," disse John Monnier, astrônomo da Universidade de Michigan, nos EUA.  E os resultados foram surpreendentes: a estrela parece ter um "motor interno" diferente do Sol, o que se manifesta em um campo magnético muito diverso. Como o único modelo de estrela que os astrônomos tinham até hoje era o próprio Sol, os dados não batem com as atuais teorias d

Ocultações estelares pela atmosfera de Plutão; Primeiros dados cientifícos de objeto PÓS-PLUTÃO

Imagem
Esta ilustração mostra como o espectrómetro Alice da New Horizons "observou" a passagem de duas estrelas por trás de Plutão e da sua atmosfera. A luz de cada estrela diminuiu enquanto passava por camadas cada vez mais profundas da atmosfera, absorvida por vários gases e neblinas. Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI Cientistas da equipe da New Horizons da NASA dizem que a sonda conseguiu observar as primeiras ocultações de estrelas ultravioletas pela atmosfera de Plutão, uma meta importante da missão. Estes dados, armazenados na memória digital da New Horizons desde o encontro do último verão e só recentemente transmitidos para a Terra, confirmam várias grandes descobertas sobre a atmosfera de Plutão. Aproximadamente quatro horas depois da maior aproximação da New Horizons por Plutão, no dia 14 de julho de 2015 - quando estava aproximadamente 320.000 km para lá do planeta anão - o espectrómetro ultravioleta Alice a bordo da sonda "assistiu" à passagem de duas estre

Estrela tem quatro mini-Netunos em ressonãncia orbital

Imagem
A ressonância orbital 8:6:4:3 dos quatro mini-Neptunos do sistema Kepler-223.  Crédito: W. Rebel, Wikimedia Commons Um sistema com quatro planetas, observado há vários anos atrás pelo telescópio Kepler, é verdadeiramente raro: os planetas, todos mini-Netunos situados perto da estrela, orbitam numa ressonância única bloqueada há milhares de milhões de anos. Por cada três órbitas do planeta mais exterior, o segundo orbita quatro vezes, o terceiro seis vezes e o mais interior oito vezes. Estas ressonâncias orbitais não são incomuns - o nosso próprio planeta anão, Plutão, orbita o Sol duas vezes durante o mesmo período que Netuno leva a completar três órbitas - mas uma ressonância entre quatro planetas é. Astrónomos da Universidade de Chicago e da Universidade da Califórnia, Berkeley, que relatam a descoberta na edição online de 11 de maio da revista Nature, estão particularmente interessados neste sistema estelar porque pensa-se que os quatro planetas gigantes do nosso Sistema

NASA encontra 1.284 novos planetas

Imagem
É o maior número de corpos descobertos até o momento pela Missão Kepler Representação das descobertas da sonda Kepler (Foto: NASA) A NASA anunciou nesta terça-feira (10) que a Missão Kepler, cujo objetivo é procurar por planetas parecidos com a Terra fora do Sistema Solar, encontrou mais 1,284 planetas, o maior número até o momento. Ao longo dos últimos quatro anos, a sonda tem monitorado 150 mil estrelas em um pedaço do céu, analisando as variações no brilho de cada uma delas que pode indicar a passagem de um planeta. "Esse anúncio dobra o número de planetas confirmados pela Kepler", disse Ellen Stofan, cientista da NASA. " Isso nos dá esperança de que, em algum lugar por ai, em torno de uma estrela parecida com a nossa, consigamos encontrar uma outra Terra . A partir dos dados coletados pela sonda Kepler foram identificados 4,302 possíveis planetas . Após serem analisados pelos cientistas da Missão, foi constatado que, entre os objetos encontrados,

Saturno e Marte nas franjas da Via Láctea

Imagem
Planetas, estrelas, nebulosas e uma galáxia, essa imagem impressionante, feita pelo grande astrofotógrafo brasileiro Carlos Fairbairn, tem tudo isso. Perto de nós, estão dois planetas, Marte, à direita, e Saturno, na parte central da imagem, vistos como dois pontos laranjas brilhantes na metade superior da imagem. Na parte central à direita estão asa coloridas nuvens da estrela Rho Ophiuchus, mostrando a brilhante estrela Antares, de cor alaranjada, alinhada com Marte. Essas nuvens interestelares contêm tanto nebulosas vermelhas de emissão como nebulosas azuis de reflexão. Na parte superior direita da imagem está a nebulosa de reflexão conhecida como a Cabeça de Cavalo Azul. Na parte inferior esquerda estão muitas nebulosas escuras de absorção que se estendem desde a região central da nossa Via Láctea. A imagem final foi obtida, a partir da composição de múltiplas exposições registradas no mês passado no Brasil. Embora seja necessário um telescópio para observar as nebulosidades

Cientistas descobrem buraco negro monstruoso formado por 3 galáxias em colisão

Imagem
Imagem processada por David Coverta, a partir das imagens do Hubble, das galáxias Antenas, em colisão na constelação do corvo (Corvus) Esta é a história da descoberta casual de um gigantesco buraco negro formado pela colisão de três galáxias. O objeto se encontra na galáxia IRAS 20100-4156, tem uma massa estimada em 3 bilhões de vezes a massa do sol, e fica a cerca de 1,8 bilhões de anos-luz da Terra. Para comparação, o buraco negro no centro da nossa galáxia tem cerca de 4 milhões de massas solares.  A astrofísica Lisa Harvey-Smith estava usando o radiotelescópio novo do CSIRO, em uma medição de rotina das emissões de maser (“Microwave Amplification by Stimulated Emission of Radiation”, amplificação de microondas pela emissão de radiação estimulada, um tipo de radiação) da galáxia IRAS 20100-4156, quando percebeu que o gás emissor estava viajado a velocidades muito altas. Muito altas, neste caso, é cerca de 600 km por segundo, pelo menos o dobro do que os cientistas espe

Hídra, a lua gelada de Plutão

Imagem
Novos dados de composição obtidos pela sonda New Horizons revelam uma distinta assinatura da água gelada à superfície da lua mais exterior de Plutão, Hidra. Caronte, a maior lua de Plutão, mede 1210 km de diâmetro, enquanto Hidra tem aproximadamente 50. Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI A sonda New Horizons da NASA enviou os primeiros dados de composição de quatro dos satélites de Plutão. Os novos dados mostram que a superfície de Hidra, a lua mais exterior de Plutão, é dominada por água gelada quase pura - confirmando indícios que os cientistas descobriram em imagens da New Horizons que mostravam a superfície altamente refletiva de Hidra. Os novos dados de composição, recentemente recebidos na Terra, foram recolhidos pelo instrumento LEISA (Ralph/Linear Etalon Imaging Spectral Array) no dia 14 de julho de 2015, a uma distância de 240.000 quilómetros. Os novos dados - espectro infravermelho - mostram a assinatura inconfundível de água gelada cristalina: uma absorção ampla entre os

Imagens de sonda chinesa mostram suposta base alienígena na Lua

Imagem
Será que esta é a razão pela qual ninguém foi à Lua nos últimos quarenta anos? Os fãs de teorias da conspiração acreditam que há uma base alienígena na Lua - e não apenas isso, mas que os governos da Terra estão em contato com ela. Fotos da sonda lunar chinesa Chang’e-2 parecem mostrar construções misteriosas - e há mais por vir de acordo com o site Mysterious Earth. Observadores mais realistas podem, no entanto, acreditar na explicação de que as imagens chinesas mostram rochas perfeitamente normais. O Mysterious Earth  afirma que diversos “especialistas”, como o fã de OVNIs Michael Sallia, sugerem que há cidades alienígenas bastante movimentadas na Lua. Salia diz: “Eu recebi algumas fotos de uma fonte afirmando que a China irá divulgar imagens em alta definição feitas pela sonda lunar Chang’e-2, que mostram claramente edifícios e estruturas na superfície da Lua. Os fãs chineses de OVNIs estão colocando mais lenha na fogueira - eles acreditam que alienígenas atacaram a son

PLANETA NOVE: um mundo que não devia existir

Imagem
Esta impressão de artista mostra o distante Planeta Nove. Pensa-se que o planeta seja gasoso, parecido com Úrano e Neptuno. Relâmpagos hipotéticos iluminam o lado noturno. Crédito: Caltech/R. Hurt (IPAC) No início deste ano os cientistas divulgaram evidências teóricas para um nono planeta no Sistema Solar, um planeta com a massa de Neptuno numa órbita altamente elíptica com 10 vezes a distância entre Plutão e o Sol. Desde então, os teóricos têm estudado como é que este Planeta Nove pode ter assentado numa órbita tão distante. Uma nova investigação por astrónomos do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (CfA) examinou uma série de cenários e descobriu que a maioria destes têm baixa probabilidade. Portanto, a presença do Planeta Nove continua a ser um pouco misteriosa. "As evidências apontam para a existência do Planeta Nove, mas não conseguimos explicar, com certeza, como é que foi formado," afirma Gongjie Li, astrónoma do CfA e autora principal de um artigo a

Cruzando Marte

Imagem
Onde o rover Curiosity está indo em Marte? Seu objetivo geográfico é chegar aos taludes do Monte Sharp, cujo pico pode ser visto em segundo plano na bela imagem acima. O objetivo científico, contudo, continua sendo melhor entender quando e onde as condições em Marte foram amigáveis para a vida, em particular para a vida microbiana. Para cumprir esse objetivo, o Curiosity foi direcionado para cruzar um terreno bem acidentado no chamado Platô Nautkluft, visível em primeiro plano na imagem. O rover Curiosity está cruzando esse terreno para poder então chegar em locais mais suaves com as rochas contendo hematita e sulfatos, locais que poderiam dar ao rover novas pistas sobre por quanto tempo essa parte de Marte foi úmida, e assim, mais favorável para a vida, antes de secar. Porém existe uma preocupação atual  sobre as rodas de alumínio do Curiosity, que já mostra sinais dos tempos. Embora tenha cumprido com louvor os seus dois anos iniciais de missão, a missão do rover Curiosity foi e

Cientistas descobrem 3 planetas semelhantes à Terra

Imagem
Atualmente é o melhor local para procurar vida fora do Sistema Solar.  Astrônomos utilizaram o telescópio TRAPPIST instalado no Observatório La Silla do ESO para descobrir três planetas em órbita de uma estrela anã muito fria situada a apenas 40 anos-luz da Terra. Estes mundos têm tamanhos e temperaturas semelhantes às de Vênus e da Terra e são os melhores alvos descobertos até hoje para procurar vida fora do Sistema Solar. Estes são os primeiros planetas descobertos em torno de uma estrela extremamente fraca e pequena. Os novos resultados serão publicados na revista Nature a 2 de maio de 2016. Uma equipe de astrônomos liderada por Michaël Gillon do Institut d´Astrophysique et Géophysique da Universidade de Liège, na Bélgica, utilizou o telescópio TRAPPIST para observar a estrela 2MASS J23062928-0502285, agora conhecida por TRAPPIST-1. A equipe constatou que esta estrela fria e tênue diminuía ligeiramente de brilho a intervalos regulares, indicando que vários objetos estavam passa