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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Domingo de carnaval terá raro evento astronômico no Brasil

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Além de desfiles, blocos de rua e festas, o domingo de carnaval deste ano será marcado por mais um evento: o 1º  eclipse  solar anular do ano. O fenômeno, raro devido à sua estreita faixa de observação, poderá ser visto em boa parte do Brasil e deve durar pouco mais de uma hora.   A passagem da lua na frente do sol acontecerá a partir das 10h45 e deve terminar às 12h30. No Brasil, quem mora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste terá melhor visualização do evento. Isso também vale para quem estiver no sul da Argentina e do Chile, bem como na região centro-sul da África.   No Nordeste, os estados mais próximos do Sudeste, como a Bahia, poderão também acompanhar o evento.   O eclipse não será total, ele será anular. Isso acontece porque o disco da lua não estará com tamanho o suficiente para encobrir todo o sol. Por conta disso, veremos uma espécie de “anel de fogo” em volta do nosso satélite natural.   Esse evento é raro por ser visto em uma faixa muito estreita do planeta. To

'Encontrar uma 2ª Terra é questão de tempo': por que o novo anúncio de exoplanetas é importante

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© NASA  Sete planetas têm órbitas próximas a estrela fria, de maneira semelhante a lua de Júpiter Tantos planetas já foram encontrados em sistemas planetários além do nosso que é fácil não valorizar o possível significado de uma nova descoberta. Atualmente, a Nasa contabiliza 3.449 exoplanetas - por isso, é perigoso fazer uma propaganda excessiva de cada anúncio. Mas a excitação causada pela descoberta de sete planetas do tamanho da Terra, anunciada nesta quarta-feira por cientistas europeus e americanos, não ocorre apenas pela quantidade incomum de exoplanetas encontrados ao mesmo tempo. Nem pelo fato de que a maior parte deles são do tamanho do nosso. O sistema é formado em torno da já conhecida estrela-anã superfria Trappist-1, que fica a apenas 40 anos-luz do nosso planeta. E os cientistas estão empolgados porque a Trappist-1 é convenientemente pequena e fraca. Isso significa que os telescópios que estão sendo usados para estudar esse novo sistema planetário não são tão o

A cauda de um buraco negro errante escondido na Via Láctea

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Ilustração de um buraco negro errante movendo-se rapidamente através de uma nuvem densa de gás. O gás é arrastado pela gravidade do buraco negro formando uma corrente estreita. Crédito: Keio University. É difícil encontrar buracos negros, já que eles não emitem luz. Mas em alguns casos os buracos negros produzem efeitos que podem ser visíveis. Por exemplo, se um buraco negro tiver uma estrela companheira, o gás da estrela que flui para dentro dele amontoa-se à sua volta e forma um disco. O disco aquece devido à enorme força gravitacional do buraco negro e emite radiação intensa. Mas se um buraco negro estiver a flutuar sozinho no espaço, nenhuma emissão dele proveniente será observada. Uma equipe de investigação, liderada por Masaya Yamada, um estudante de pós-graduação na Universidade de Keio, Japão, e por Tomoharu Oka, professor da Universidade de Keio, usou o telescópio ASTE no Chile e o Radiotelescópio de 45 m no Observatório de Rádio Nobeyama, ambos operados pelo NAOJ (

A Anã Superfria e os Sete Planetas

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Mundos temperados do tamanho da Terra descobertos em sistema planetário extraordinariamente rico A strônomos descobriram um sistema com sete planetas do tamanho da Terra a cerca de apenas 40 anos-luz de distância. Com o auxílio de telescópios no espaço e também no solo, incluindo o Very Large Telescope do ESO, os planetas foram todos detectados quando passavam em frente da sua estrela progenitora, a estrela anã superfria chamada TRAPPIST-1. De acordo com o artigo científico publicado hoje na revista Nature, três dos planetas situam-se na zona habitável da estrela e poderão ter oceanos de água à superfície, aumentando a possibilidade deste sistema planetário poder conter vida.  O sistema tem ao mesmo tempo o maior número de planetas do tamanho da Terra descoberto até agora e o maior número de mundos que poderão ter água líquida em sua superfície.  Os astrônomos utilizaram o telescópio  TRAPPIST-South  instalado no Observatório de La Silla do ESO, o  Very Large Telescope  (VLT)

Todo mundo pode procurar seu novo planeta neste site financiado pela NASA

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A NASA está convidando o público para ajudar a descobrir planetas desconhecidos na nossa galáxia. Um novo site chamado Backyard Worlds: Planet 9 permite que todos participem da busca ao assistir a pequenos vídeos feitos com imagens captadas pela missão WISE da NASA. Os vídeos dão destaque a objetos que se moveram gradualmente pelo espaço. “Há apenas quatro anos-luz entre Netuno e Proxima Centauri, a estrela mais próxima, e a maioria deste vasto território ainda não foi explorado”, afirma o astrofísico da NASA Marc Kuchner. Ele explica que essa dificuldade acontece porque a região recebe pouca luz solar. “Mesmo objetos grandes nesta região mal brilham em luz visível. Mas ao olhar no infravermelhor da WISE, podemos ter captado objetos que de outra forma teriam passado batido”, diz. A missão WISE, ou Wide-field Infrared Survey Explorer, escaneou o céu inteiro entre 2010 e 2011, produzindo uma inspeção detalhada. Quando completou sua missão principal em 2011, a missão foi interrom

O pulsar mais brilhante e distante do universo

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O pulsar identificado como NGC 5907 X-1, na galáxia espiral NGC 5907. A imagem tem dados de emissão de raios-X (azul/branco) obtidos pelo XMM-Newton da ESA e pelo Observatório de raios-X Chandra da NASA, e dados óticos do SDSS (Sloan Digital Sky Survey - galáxia e estrelas de fundo).  A inserção mostra a pulsação de raios-X da estrela de neutrões giratória, com um período de 1,13 segundos. Crédito: ESA/XMM-Newton; NASA/Chandra e SDSS O XMM-Newton da ESA descobriu um pulsar - o remanescente giratório de uma estrela anteriormente massiva - que é mil vezes mais brilhante do que se pensava ser possível.  O pulsar é também o mais distante do seu tipo já detetado, tendo a sua luz viajado 50 milhões de anos-luz antes de ser detetada pelo XMM-Newton.  Os pulsares são estrelas de neutrões giratórias e magnetizadas que varrem pulsos regulares de radiação em dois feixes simétricos através do cosmos.  Se devidamente alinhados com a Terra, estes feixes são como um farol que parece ligar

Pela primeira vez cientistas observam o violento início de uma supernova

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Cientistas observaram os efeitos imediatos da formação de uma supernova pela primeira vez, detectando apenas três horas depois da explosão o enorme brilho da morte de uma estrela supergigante vermelha.   O evento foi batizado de SN 2013fs, e foi a primeira chance que os pesquisadores tiveram de estudar uma supernova tão jovem. Normalmente o brilho resultante de sua formação só é descoberto alguns dias depois. Neste caso, foi mais sorte que qualquer outra ação mais ativa; os telescópios já estavam apontados para a região correta por coincidência. A supernova aconteceu na galáxia chamada NGC 7610, que está a 160 milhões de anos-luz da Terra. Depois da luz desta explosão anciã ter viajado por 160 milhões de anos através do espaço, ela finalmente atingiu a Terra em 2013, onde foi detectada em uma inspeção automática do céu que acontecia no observatório Palomar, perto de San Diego, na Califórnia.   Até alguns anos atrás, flagrar uma supernova uma semana depois da explosão já era consi

Cientistas da NASA têm um plano para transformar Plutão em um planeta de novo

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“ É uma besteira”,  falou  Alan Stern, o principal investigador da missão  New Horizons  da NASA para Plutão, sobre o fato de Plutão ter deixado oficialmente de ser um planeta. Agora Stern está comandando um time de cientistas da NASA que propuseram uma nova definição do que é um planeta que faria mais do que resgatar a antiga glória do gelado planeta anão.  A  proposta  que o time de Stern mandou para aprovação do  IAU  redefiniria a nossa compreensão de um planeta em termos bem simples. Os cientistas reduziriam a definição para “objetos redondos no espaço que são menores do que estrelas”. Sim, isso transformaria a Lua da Terra, assim como muitas outras, em planetas. Uma descrição mais detalhada da proposta define o método de classificação planetar como “um corpo de massa sub-estelar que nunca passou por fusão nuclear e que tem auto-gravitação o bastante para assumir um formato esferoidal adequadamente descrito por um elipsóide triaxial independente de seus parâmetros o

Mapeando a árvore genealógica das estrelas

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Imagem que mostra famílias genealógicas de estrelas na nossa Galáxia, incluindo o nosso Sol.  Crédito: Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge Os astrónomos estão a usar princípios aplicados na biologia e na arqueologia para construir uma árvore genealógica das estrelas na Galáxia. Ao estudar as assinaturas químicas encontradas nas estrelas, estão a reunir essas árvores evolutivas olhando para como as estrelas se formaram e como estão ligadas entre si. As assinaturas atuam como um homólogo das sequências de ADN. É semelhante à marcação química de estrelas e forma a base de uma disciplina que os astrónomos chamam de arqueologia galáctica. Foi Charles Darwin que, em 1859, publicou a sua revolucionária teoria de que todas as formas de vida são descendentes de um antepassado comum. Esta teoria tem informado a biologia evolutiva desde então, mas foi um encontro casual entre uma astrónoma e um biólogo, durante um jantar em King's College, Cambridge, que fez a as

Falsa Aurora

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O céu está cheio de fenômenos ópticos que nos dificultam uma visão clara do cosmos, o que representa muitas vezes um desafio frustrante para os astrônomos. No entanto, estes fenômenos são perfeitos do ponto de vista dos astrofotógrafos! Esta imagem mostra o centro da  Via Láctea  a ser atravessado pelo brilho fantasmagórico da  luz zodiacal , repleto de estruturas criadas pela poeira que dificultam as observações científicas - apesar disso, a vista é tão bonita que nem nos importamos. Nesta imagem, o centro da Via Láctea parece estar repleto de gás preto. De fato, estas regiões escuras ondulantes devem-se simplesmente à ausência de luz visível, porque enormes nuvens de poeira obscurecem a radiação emitida por estrelas mais distantes. No entanto, a poeira, tal como pode dar a ilusão de escuridão, também pode dar-nos a ilusão de luz. É o caso da  luz zodiacal , uma banda difusa de luz que vemos projetada ao longo das constelações do zodíaco.  Este fenômeno é causado quando

Conheça a super-Terra e outros 59 novos vizinhos do Sistema Solar

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Uma equipe internacional de astrônomos encontrou 60 novos planetas que orbitam estrelas próximas ao Sistema Solar da Terra. Baseados em observações feitas durante 20 anos com o telescópio Keck-I, no Havaí, os resultados chamam atenção para Gliese 411b, uma super-Terra quente e com uma superfície rochosa que orbita a quarta estrela mais próxima do nosso Sol.  Além dos nossos novos vizinhos, os cientistas também encontraram evidências de outros 54 planetas adicionais, que ficam em regiões mais distantes, totalizando 114 astros descobertos. Os achados serão publicados no periódico  The Astrophysical Journal . De acordo com os cientistas, a descoberta demonstra que quase todas as estrelas mais próximas do Sol têm planetas que as orbitam – e alguns podem ser parecidos com a Terra. “Esses novos planetas também nos ajudam a entender o processo de formação de sistemas planetários e trazem objetivos interessantes para futuros esforços de captar imagens desses planetas diretamente”, afirma

Estrelas desaparecidas da vizinhança solar revelam velocidade do sol e distância ao centro da Via Láctea

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Impressão de artista do Gaia a mapear as estrelas da Via Láctea.  Crédito: ESA/ATG medialab; fundo - ESO/S. Brunier Usando um novo método e dados do telescópio espacial Gaia, astrónomos da Universidade de Toronto estimaram que a velocidade do Sol, à medida que orbita o centro da Via Láctea, é de aproximadamente 240 quilómetros por segundo.  Por sua vez, usaram esse resultado para calcular que o Sol está a aproximadamente 7,9 kiloparsecs do Centro da Galáxia - ou quase vinte e seis mil anos-luz. Usando dados do telescópio espacial Gaia e do levantamento RAVE (RAdial Velocity Experiment), Jason Hunt e colegas determinaram as velocidades de mais de 200.000 estrelas em relação ao Sol. Hunt é membro do Instituto Dunlap para Astronomia e Astrofísica da Universidade de Toronto.  Os colaboradores encontraram uma distribuição pouco surpreendente de velocidades relativas: havia estrelas movendo-se mais lentamente, mais depressa e à mesma velocidade que o Sol. Mas também encontrar