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Mostrando postagens de março 21, 2017

O ALMA escuta o coração das maternidades estelares

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Com belos braços espirais resplandescentes, as enormes galáxias espirais parecem chamar toda a atenção — no entanto NGC 6822, uma galáxia irregular barrada anã, demonstra que as espirais normais não detêm o monopólio da beleza galáctica. Também chamada Galáxia de Barnard, NGC 6822 situa-se na constelação de Sagitário a apenas 1,6 milhões de anos-luz de distância e encontra-se repleta de regiões ricas em  formação estelar .  Esta nova imagem foi composta a partir de  observações mais antigas  obtidas com o instrumento  Wide Field Imager , montado no  telescópio MPG/ESO de 2,2 metros , situado no  Observatório de La Silla , e de novos dados coletados pelo  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array  (ALMA). As regiões observadas pelo ALMA encontram-se destacadas na imagem e podem ser vista em  mais detalhe aqui .  As observações do ALMA revelaram a estrutura das nuvens de gás que formam estrelas com uma resolução sem precedentes. Observações da nossa própria galáxia mostraram q

Poeira cósmica desce de pára-quedas para não se queimar

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Fotos de uma partícula cósmica sobrevivente (esquerda) e da seção de outra partícula (direita), mostrando as bolhas em seu interior.[Imagem: Matthew Genge] Poeira de pára-quedas Recentemente, depois de vasculhar a Antártica em busca de fragmentos caídos do espaço, o professor Matthew Genge, do Imperial College de Londres, descobriu que não era preciso ir tão longe: as  partículas cósmicas podem ser encontradas no telhado das casas  de virtualmente qualquer parte do mundo. Agora ele resolveu a outra parte intrigante desse enigma: Como é que essas partículas cósmicas, que são maiores do que se poderia esperar, chegam ao solo sem se queimar na atmosfera mesmo chegando a 40.000 km/h? A resposta é que, nessas partículas que chegam intactas ao solo, o calor gerado pela entrada na atmosfera faz surgir pequenas bolhas no material. E essas bolhas funcionam como pára-quedas, diminuindo a velocidade das partículas e impedindo que elas se queimem e sejam vaporizadas. Pipoca cósmi

Estudo sugere que reclassifiquemos a lua como um planeta

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O estudo “Definição geofísica dos planetas”, publicado no último mês de fevereiro, causou uma grande agitação nos veículos de comunicação sobre ciência. Ele sugere que os critérios que determinam o que é ou o que não é um planeta sejam reavaliados, e que a lua, Plutão e vários outros corpos no nosso sistema solar devem ser promovidos a planeta.  O trabalho foi publicado na revista   Planetary and Lunar Science .  Um de seus autores foi Alan Stern, famoso pela missão New Horizons da NASA, que voou perto de Plutão em julho de 2015. O estudo é bastante técnico, mas argumenta que a geofísica de um corpo deveria determinar se ele é um planeta, e não se ele orbita ao redor do sol, conforme a classificação atual da União Astronômica Internacional (IAU, sigla em inglês).  Stern já tem um histórico por lutar pelo reconhecimento de Plutão como planeta.  Em 2006, quando ele deixou de ser classificado como planeta, o cientista ficou furioso. Quando o New Horizons foi para Plutão, ele tamb

Vendo as coisas de lado

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Essa imagem feita pela Wide Field Camera 3, ou a WFC3 do Telescópio Espacial Hubble, mostra a NGC 1448, uma galáxia espiral localizada a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância da Terra na constelação de Horologium. Nossa tendência sempre é pensar nas galáxias espirais como sendo objetos massivos e aproximadamente circulares, então essa imagem ovalada parece não se ajustar com o que pensamos sobre as espirais. O que está acontecendo? Imagine uma galáxia espiral como disco circular girando no espaço. Quando nós as observamos de frente, nossas observações revelam uma quantidade de detalhes impressionantes e da sua estrutura. O próprio Hubble já nos presenteou com belas imagens de galáxias espirais observadas de frente. Contudo, a NGC 1448 não está de frente, mas sim está quase que totalmente de lado com relação a Terra, nos dando essa aparência mais ovalada do que circular. Os braços espirais que curvam ao redor do centro da NGC 1448 quase que não podem ser vistos. Embora as

Protoestrela ganha brilho resplandecente, remodelando o seu berçário estelar

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No interior da Nebulosa Pata de Gato, vista numa imagem infravermelha obtida pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA (esquerda), o ALMA descobriu que uma estrela jovem está a sofrer um surto de crescimento intenso, brilhando quase 100 vezes do que antes e remodelando o seu berçário estelar (direita). Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), T. Hunter; C. Brogan, B. Saxton (NRAO/AUI/NSF); NASA Spitzer Uma protoestrela gigante, profundamente aninhada no seu berçário estelar poeirento, recentemente "rugiu" para a vida, brilhando quase 100 vezes mais do que antes. Esta explosão, aparentemente desencadeada por uma avalanche de gás formador de estrelas que chocou contra a superfície da estrela, apoia a teoria de que as estrelas jovens podem sofrer surtos de crescimento intenso que remodelam o seu ambiente.  Os astrónomos fizeram esta descoberta comparando novas observações do ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), no Chile, com observações anteriores do SMA (Submillime

Telescópio espacial JAMES WEBB - Fantasmas e Espelhos

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Não se assustem, não são fantasmas flutuando sobre o Telescópio Espacial James Webb. O que nós vemos nessa bela imagem são as luzes apagadas enquanto o gigantesco telescópio espacial com seu suporte de sustentação dos instrumentos e seus espelhos dourados se preparam para testes na sala limpa do Spacecraft Systems Development and Integration Facility do  Goddard Space Flight Center. Com o teste de vibração e teste acústico, flashes brilhantes de luz e luz ultravioleta são apontados para o telescópio com a finalidade de detectar qualquer contaminação, que é mais fácil de ser detectada numa sala escura. A foto de longa exposição é que cria as aparições fantasmagóricas, misturando as luzes e os engenheiros. Considerado como sendo o sucessor científico do Hubble, o Telescópio Espacial James Webb é otimizado para a exploração do universo primordial no infravermelho. Seu lançamento está planejado para acontecer em Outubro de 2018, direto da Guiana Francesa, a bordo de um foguete Ariane 5

Falsa Aurora

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O céu está cheio de fenômenos ópticos que nos dificultam uma visão clara do cosmos, o que representa muitas vezes um desafio frustrante para os astrônomos. No entanto, estes fenômenos são perfeitos do ponto de vista dos astrofotógrafos! Esta imagem mostra o centro da  Via Láctea  a ser atravessado pelo brilho fantasmagórico da  luz zodiacal , repleto de estruturas criadas pela poeira que dificultam as observações científicas - apesar disso, a vista é tão bonita que nem nos importamos. Nesta imagem, o centro da Via Láctea parece estar repleto de gás preto. De fato, estas regiões escuras ondulantes devem-se simplesmente à ausência de luz visível, porque enormes nuvens de poeira obscurecem a radiação emitida por estrelas mais distantes. No entanto, a poeira, tal como pode dar a ilusão de escuridão, também pode dar-nos a ilusão de luz. É o caso da  luz zodiacal , uma banda difusa de luz que vemos projetada ao longo das constelações do zodíaco.  Este fenômeno é causado quando

SWIFT mapeia "ESPIRAL DA MORTE" de uma estrela em direção a buraco negro

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Impressão de artista da rutura de maré ASASSN-14li. Crédito: NASA/CXC/U. Michigan/J. Miller et al.; ilustração: NASA/CXC/M. Weis Há cerca de 290 milhões de anos atrás, uma estrela muito parecida com o Sol vagueou demasiado perto do buraco negro central da sua galáxia. As marés intensas rasgaram a estrela, o que produziu um surto de radiação visível, ultravioleta e raios-X que chegou à Terra em 2014. Agora, uma equipa de cientistas usou observações do satélite Swift da NASA para mapear como e onde estes vários comprimentos de onda foram produzidos no evento, denominado ASASSN-14li, enquanto os destroços da estrela desintegrada orbitavam o buraco negro. "Descobrimos mudanças de brilho em raios-X que ocorreram cerca de um mês após alterações semelhantes no visível e no ultravioleta," comenta Dheeraj Pasham, astrofísico do MIT (Massachusetts Institute of Technology) em Cambridge, EUA, investigador principal do estudo. "Achamos que isso significa que a emissão óti