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Eco de uma erupção estelar

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Reflexo da luz das erupções da Eta Carinae: temperaturas de 5 mil Kelvin A natureza da série de grandes erupções que ocorreram entre 1838 e 1858 na Eta Carinae, um dos maiores sistemas da Via Láctea formado por duas estrelas gigantes, parece ter sido finalmente compreendida. Uma equipe de astrofísicos coordenada por Armin Rest do Space Telescope Science Institute de Baltimore, Estados Unidos, conseguiu captar o eco de parte da luz desses eventos que foi refletida na poeira vizinha às estrelas e demorou mais de um século e meio para se tornar vísivel aos modernos telescópios de hoje. A análise dos comprimentos de onda dessa luz revelou que as erupções da Eta Carinae atingiram a temperatura de 5 mil Kelvin em vez dos anteriormente previstos 7 mil Kelvin e ejetou cerca de 10% da massa do sistema a velocidades de até mil quilômetros por segundo. A temperatura menor indica que o sistema binário não sofreu uma explosão superenergética do tipo supernova, mas foi alvo de eventos um pouco

Estrela Demônio foi observada há 3.200 anos por egípcios e seus cálculos desvendaram enigma moderno .

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Evidências surpreendentes sugerem que os egípcios antigos compreendiam os mecanismos internos de um sistema estelar binário, girando em uma distância de 93 anos luz da Terra, há 3.200 anos. Não só isso, seus cálculos específicos têm ajudado a suportar uma linha científica de investigação que só surgiu poucos anos atrás. O sistema binário – duas estrelas que giram em torno de si - foi observado pela primeira vez na astronomia moderna por John Goodricke, em 1783. Também conhecida como Demon Star (Estrela Demônio), o cientista percebeu que a estrela parecia diminuir seu brilho por algumas horas a cada 2,87 dias, e foi o primeiro a teorizar que estas eram duas estrelas quem bloqueavam a luz uma da outra em relação a Terra. Nos tempos modernos Goodricke foi o primeiro a observá-la, mas não foi o primeiro a encontrá-la no céu noturno. Verifica-se que os egípcios aparentemente tinham figurado tudo isso 3.200 anos antes. As estrelas do binário Algol giram lentamente. Ambas com duas vezes a

Procurando Terras ao Procurar Júpiteres

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Na busca por planetas tipo-Terra, é útil a procura de pistas e padrões que possam ajudar os cientistas a limitar os tipos de sistemas onde planetas potencialmente habitáveis provavelmente serão descobertos. Novas pesquisas restringem a busca por planetas tipo-Terra perto de planetas tipo-Júpiter. O trabalho desta equipa de cientistas indica que os movimentos pós-formação de Júpiteres quentes provavelmente perturbam a formação de planetas tipo-Terra. O seu trabalho foi publicado na edição de 7 de Maio da revista Proceedings of the National Academy of Sciences. A equipa, liderada por Jason Steffen do Centro Fermilab para Astrofísica de Partículas, usou dados da missão Kepler da NASA para procurar planetas "Júpiteres quentes" - planetas mais ou menos do tamanho de Júpiter com períodos orbitais de aproximadamente três dias. Se um planeta tipo-Júpiter for descoberto graças a uma ligeira diminuição no brilho da estrela que orbita à medida que passa entre esta e a Terra, entã

Estrelas capturam planetas nômades

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As estrelas trocam planetas, como times de baseball trocam seus jogadores”, brinca o físico Hagai Perets, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo que sugere que bilhões de estrelas em nossa galáxia têm capturado planetas órfãos, que antes vagavam pelo espaço interestelar. Conhecidos também como planetas nômades ou órfãos, esses objetos espaciais são planetas ejetados de seus sistemas, que passam a vagar pela galáxia, até encontrarem uma casa nova em um novo sistema. Agora, os resultados encontrados por Perets podem explicar a existência de tais planetas e até mesmo de sistemas formados por apenas dois planetas. O feito, também atribuído a Thijs Kouwenhoven, da China, será publicado no renomado periódico “The Astrophysical Journal” (A Revista da Astrofísica, em tradução livre). Em simulações com jovens aglomerados de estrelas (clusters, na terminologia científica), onde também existem tais planetas interestelares, Perets e Kouwenhoven descobriram que

Imagem 3D das Crateras do Boneco de Neve no Asteroide Vesta

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A imagem 3D acima é chamada de anáglifo é mostra três crateras recentes, que foram apelidadas de crateras Boneco de Neve. Cada cratera tem seu próprio nome. A maior delas é chamada de Marcia, a cratera do meio é chamada de Calpurnia e a menor é chamada de Minucia. Para criar esse anáglifo, duas imagens coloridas de forma diferente são sobrepostas com um afastamento para criar o efeito de profundidade. Quando observado através dos famosos óculos 3D com lentes pintadas em azul e vermelho esse anáglifo mostra a superfície do asteroide Vesta tridimensionalmente. O efeito de profundidade nesse anáglifo deriva das diferenças de topografia, foi calculado a partir do modelo de forma do Vesta. As crateras Marcia, Calpurnia e Minucia possuem anéis bem definidos e uma área suave coberta por material ejetado, região essa conhecida como cobertura de ejeção, que circunda as crateras. Essas feições podem ser analisadas com distinção na imagem acima. As imagens que foram usadas para gerar esse aná

Exoplanetas na zona habitável: em busca de oxigênio

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Os exoplanetas na zona habitável - com temperaturas onde pode existir água em estado líquido - começam a ser "colecionados" pelos astrônomos, que agora partem em busca de sinais de oxigênio. [Imagem: NASA/Ames/JPL-Caltech] Paciência Ainda não são os homenzinhos verdes, mas podemos estar chegando perto. Quando foi descoberto o primeiro exoplaneta na zona habitável, o assunto causou furor na imprensa mundial. Agora, menos de dois anos depois, o assunto é bem mais trivial, sobretudo depois que as observações indicaram que há mais planetas que estrelas na Via Láctea e os planetas nas zonas habitáveis passaram a ser calculados em bilhões. Mas o que há até agora são sobretudo "candidatos" a exoplanetas potencialmente habitáveis, e os cientistas precisam ter muito mais paciência para confirmar os dados e realmente "eleger seus candidatos". Essa confirmação veio agora para três planetas similares à Terra. Originalmente detectados pelo Telescópio Espaci

Sonda espacial vai procurar vida em luas de Júpiter

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A sonda Juice entrará na órbita de Ganimedes, onde estudará a superfície gelada e a estrutura interna dessa lua, incluindo o seu oceano subsuperficial. [Imagem: ESA/AOES] Explorador de luas geladas  A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou sua próxima grande missão de exploração - uma missão em busca de sinais de vida nas luas de Júpiter. Será a sonda espacial JUICE (Jupiter Icy moons Explorer: explorador da luas geladas de Júpiter), que irá estudar em detalhes pela primeira vez as luas mais interessantes de Júpiter. A sonda venceu dois candidatos, o NGO, um observatório para procurar ondas gravitacionais, e ATHENA, um telescópio avançado para astrofísica de altas energias.  A sonda Juice será primeira missão do programa da ESA Visão Cósmica 2015-2025. A sonda Juice fará em Júpiter um trabalho semelhante ao que a sonda Cassini está fazendo em Saturno - com a grande diferença que as luas de Júpiter vêm sendo apontadas há anos como os locais mais prováveis para se encontrar v

Voyager-1 atinge região desconhecida

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A sonda espacial Voyager-1 , lançada em 5 de setembro de 1972, inicialmente com destino a Júpiter e Saturno atingiu uma nova região a 119 unidades astronômicas (17,8 bilhões de km) do Sol, com características diferentes das registradas na porção mais interna do Sistema Solar. Na região de estagnação (stagnation region) como essa área foi batizada o fluxo de partículas emitidas pelo Sol é sensivelmente mais fraco e sofre efeito do espaço interestelar, ainda que a nave se mantenha na área de influência dinâmica dominante do Sol. A distância que separa a nave da fronteira do Sol com a de outras estrelas vizinhas ainda permanece desconhecida. Segundo informações do controle da missão, no Jet Propulsion Laboratory, em Pasadena, na California, as condições comparadas entre o ano passado e agora sugerem que a pequena Voyager-1 entrou numa espécie de “purgatório” com alterações tanto no fluxo de partículas carregadas liberadas pelo Sol, o vento solar, como no campo magnético do Sol, enquant

No Olho de um Aglomerado de Galáxias

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Créditos:ESA/Hubble & NASA Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA poderia num primeiro momento parecer um pedaço do céu normal. Mas ao se aproximar da parte central de um aglomerado de galáxias, uma das maiores estruturas do Universo, é como se estivéssemos olhando no olho de um furacão. Os aglomerados de galáxias são grandes grupos formados por dezenas e até mesmo centenas de galáxias, que estão de certa forma unidas pela gravidade. As galáxias algumas vezes se posicionam tão perto umas das outras e a força gravitacional é tão forte que elas podem ser destorcidas ou até mesmo partes de matéria podem ser arrancadas quando elas colidem. Esse aglomerado em particular, conhecido como Abell 1185 é um aglomerado caótico. Galáxias de vários tamanhos e formatos estão derivando numa distância muito próxima e perigosa entre elas. Algumas delas já foram até mesmo distorcidas seriamente com matéria sendo arrancada deixando rastros de matéria

Explosão solar tem o tamanho de 10 planetas Terra

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O astro rei deu mais uma amostra de seu poder. Uma explosão espetacular – como não se via há anos – foi registrada pelo Observatório Dinâmico do Sol, da Agência Espacial Norte-Americana (NASA). Devido a essa explosão, parte do espaço recebeu um lindo jato curvado de plasma superquente, o que rendeu ótimas fotos e um vídeo surpreendente. Segundo dados da NASA, a explosão foi classificada como M1 (moderada) na escala de tempestades solares, que é utilizada para mensurar a força das explosões. “Tais erupções como a registrada são frequentemente associadas com explosões solares e, nesse caso, uma explosão ocorreu ao mesmo tempo”, a NASA afirmou oficialmente. “Mas a direção do material expelido não passa pela Terra”. Quando ficam apontadas em nossa direção, fortes explosões solares fortalecem as auroras – fenômeno conhecido como as luzes do extremo norte e do extremo sul. De acordo com o físico Luke Barnard, da Universidade de Reading, no Reino Unido, foi reportado, desde o mês passado,