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Antimatéria no espaço reacende interesse na matéria escura

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ELÉTRONS E ANTIELÉTRONS A equipe do Espectrômetro Magnético Alfa (AMS-2 - Alpha Magnetic Spectrometer-2 ), um detector bilionário a bordo da Estação Espacial Internacional, apresentou novos dados confirmando o excesso de antielétrons, ou pósitrons, entre os raios cósmicos. Os dados confirmam os resultados iniciais, anunciados no início do ano passado , e ampliam a precisão das medições dos elétrons e dos pósitrons vindos do espaço - entre os chamados raios cósmicos . Apesar de mostrar comportamentos muito diferentes dos pósitrons e elétrons, quando os dados são combinados eles revelam uma linha única suave e crescente, um resultado intrigante, para o qual ainda não há explicações.[Imagem: M. Aguilar et al. - 0.1103/PhysRevLett.113.121102] O fluxo de pósitrons é significativamente diferente do fluxo de elétrons acima dos 30 GeV, o que sugere que pósitrons e elétrons têm uma origem diferente, conforme já vinha sendo sugerido por diversos outros experimentos. Os espectr

Contagem regressiva: Cometa C/2013 A1 se aproxima do planeta Marte

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Concepção artística mostra o cometa c/2013 A1 Siding Spring próximo ao horizonte marciano no dia 19 de outubro de 2014.Créditos: Manos Kardasis, Apolo11.com . Estamos a menos de 30 dias para um dos acontecimentos mais aguardados dos últimos meses. No próximo dia 19 de outubro o cometa C/2013 A1 Siding Spring vai praticamente raspar o Planeta Vermelho e poucos pesquisadores se arriscam a afirmar o que pode acontecer. Embora as chances de colisão sejam infinitamente pequenas, a diminuta distância entre os dois objetos chama muito a atenção. Os cálculos mostram que a distância mínima entre C/2013 A1 e a superfície de Marte será de apenas 134 mil km, com valor mais provável estimado em 136 mil km. Para comparação, a lua marciana Deimos orbita o planeta a 24 mil quilômetros de altitude. Os cálculos estão atualmente amparados em 694 dias de observação, o que confere muita precisão ao resultado e praticamente descarta um risco de colisão. No entanto, esses valores se referem à d

Saturno no equinócio

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Como pareceria Saturno se o seu plano de anéis estivesse diretamente apontados para o Sol? Antes de Agosto de 2009, ninguém sabia. A cada 15 anos, como visto da Terra, os anéis de Saturno ficam apontados diretamente para o nosso planeta, e parecem desaparecer. O desaparecimento dos anéis não é um mistério a muito tempo – os anéis de Saturno são conhecidos por serem muito finos e a Terra está tão perto do Sol que quando os anéis apontam em direção do Sol, eles também apontam quase que de lado para a Terra. Felizmente, nesse terreiro milênio, a humanidade avançou o suficiente para ter uma sonda que pode ver os anéis durante o equinócio de lado. Em Agosto de 2009, essa sonda na órbita de Saturo, a Cassini, foi capaz de registrar uma série de imagens sem precedentes durante o equinócio dos anéis de Saturno. Uma composição de 75 dessas imagens é mostrada acima. Os anéis aprecem incomumente escuros, e uma linha de sombra de um anel muito fina pode ser vista nos topos das nuvens de Sat

Encontrado exoplaneta que faz estrela parecer mais velha

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Um novo estudo usando dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA tem mostrado que um planeta está fazendo a estrela que orbita agir, ou parecer mais velha do que ela realmente é. A ilustração artística acima mostra na parte principal do gráfico, a estrela, WASP-18 e seu planeta, WASP-18b. O WASP-18b é Júpiter Quente, ou seja, um exoplaneta gigantesco que orbita sua estrela a uma distância bem próxima, e que está localizado a cerca de 330 anos-luz da Terra. specificamente, a massa do WASP-18b é estimada em cerca de 10 vezes a massa do planeta Júpiter, e a sua órbita ao redor da sua estrela mãe leva cerca de 23 horas, ou seja, menos de um dia. Em comparação, Júpiter leva cerca de 12 anos para dar uma volta ao redor do Sol. Os novos dados do Chandra do sistema WASP-18 mostram que esse imenso planeta está tão perto de sua estrela que ele está causando uma diminuição no campo magnético da estrela. À medida que as estrelas envelhecem, sua atividade na emissão de raios-X e sua ativ

Matéria escura pode ter sabores misturados e evaporação quântica

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No escuro Os astrofísicos acreditam que cerca de 80% da matéria do nosso Universo é composta de uma misteriosa "matéria escura", que não pode ser percebida pelos sentidos humanos e nem detectada pelos instrumentos científicos. A ideia vem das observações da enorme velocidade com que as galáxias giram. Deve haver alguma coisa que gere uma gravidade que evite que elas se esfacelem, arremessando estrelas para todos os lados - essa "alguma coisa" recebeu a denominação de matéria escura. Como nenhum experimento conseguiu detectar qualquer indício da matéria escura até agora, há uma verdadeira corrida para tentar explicá-la de uma forma que faça mais sentido. Mikhail Medvedev, professor de física e astronomia da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, está propondo agora um novo modelo para explicar a matéria escura, que ele batizou de "matéria escura multicomponente de sabores misturados. A proposta está sendo levada tão a sério que mereceu a capa da

MAVEN chega a Marte este fim de semana

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Impressão de artista que descreve o processo de inserção orbital da sonda MAVEN da NASA. Crédito: NASA/GSFC A sonda MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) da NASA tem chegada prevista a Marte para o dia 21 de Setembro, depois de completar uma viagem interplanetária de 711 milhões de quilómetros ao longo de 10 meses. "A sonda e os instrumentos a bordo estão, até agora, de boa saúde," afirma David Mitchell, gestor do projecto MAVEN no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado americano de Maryland. "A equipa, o sistema de voo e todos os recursos terrestres estão preparados para a inserção na órbita de Marte." A manobra de inserção orbital começará com um breve disparo de seis pequenos propulsores para estabilizar sonda. Os motores vão estar activos durante 33 minutos para desacelerar a nave, permitindo com que seja puxada para uma órbita elíptica com um período de 35 horas. Após a entrada em órbita, a MAVEN começará uma fase d

Hubble ajuda a encontrar a menor galáxia conhecida com um buraco negro supermassivo

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Impressão de artista do buraco negro de M60-UCD1. Crédito: NASA, ESA, STScI-PRC14-41a Astrónomos usando o Telescópio Hubble da NASA e observatórios terrestres descobriram um objecto improvável num local improvável - um buraco negro monstruoso escondido dentro de uma das galáxias mais pequenas já descobertas. O buraco negro tem cinco vezes a massa do buraco negro no centro da nossa Via Láctea. Está situado dentro de uma das galáxias mais densas conhecidas - a galáxia anã M60-UCD1 que alberga 140 milhões de estrelas e com um diâmetro de aproximadamente 300 anos-luz, apenas 1/500 do diâmetro da nossa Galáxia. Se vivêssemos dentro desta galáxia anã, o céu nocturno era deslumbrante e seriam visíveis a olho nu, pelo menos, um milhão de estrelas. O nosso céu nocturno, visto a partir da superfície da Terra [a olho nu], mostra cerca de 4000 estrelas. A descoberta implica que existem muitas outras galáxias compactas no Universo que contêm buracos negros supermassivos. A observação

O ALMA observa origem violenta de galáxias de disco

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Novas observações explicam porque é que as galáxias do tipo da Via Láctea são tão comuns no Universo Durante décadas os cientistas acreditaram que da fusão de galáxias resultavam geralmente galáxias elípticas. Agora, e pela primeira vez, os pesquisadores, com o auxílio do ALMA e um conjunto de outros rádio telescópios, descobriram evidências diretas de que as galáxias em fusão podem também dar origem a galáxias de disco e que este fenômeno é até bastante comum. Este resultado surpreendente pode explicar porque é que existem tantas galáxias espirais como a Via Láctea no Universo. Uma equipe de pesquisa internacional liderada por Junko Ueda, pós-doutorando da  Sociedade Japonesa  para a Divulgação da Ciência , fez observações surpreendentes que mostram que a maioria das colisões galácticas no Universo próximo – entre 40 e 600 milhões de anos-luz de distância da Terra – dão origem às chamadas galáxias de disco. As galáxias de disco – que incluem as  galáxias espirais  como a V

Luas Potencialmente Habitáveis

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Créditos da imagem: Pesquisa e compilação – René Heller (McMaster Univ.) et al.; Imagens – NASA/JPL/Space Science Institute. Copyright: Ted Stryk. Para os astrobiólogos, essas podem ser as quatro luas mais tentadoras do nosso Sistema Solar. Mostradas na mesma escala, sua exploração por meio de sondas interplanetárias tem lançado a ideia de que luas, e não apenas planetas, poderiam ter ambientes que suportariam a vida. A missão Galileo a Júpiter, descobriu o oceano global de água líquida na subsuperfície de Europa e indicações de oceanos no interiorde Ganimedes. Em Saturno, a sonda Cassini detectou fontes em erupção de gelo de água na lua Encélado, indicando uma subsuperfície mais quente até mesmo nessa pequena lua, enquanto encontrou lagos na superfície de hidrocarbonetos frígidos abaixo da densa atmosfera da lua Titã. Agora, olhando além do Sistema Solar, uma nova pesquisa (mostrada abaixo), sugere que luas em exoplanetas, ou as exoluas, como estão sendo chamadas, superam o

Alinhamento planetário produz catástrofes?

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O alinhamento planetário poderia criar um efeito maré com um campo gravitacional capaz de frear ou acelerar o movimento de rotação da Terra, ou, até mesmo alterar a posição de seu eixo de rotação, causando assim um deslocamento incomum das placas tectônicas, sob sua crosta, e, consequentemente, um aumento gradual e constante de atividade sísmica, como o que está acontecendo agora, pondo em risco a espécie humana; no grau de civilização e tecnologia alcançados até o momento, ou até sua própria existência?  Os efeitos de maré na Terra são devidos apenas à Lua e ao Sol. Para o efeito máximo a contribuição da Lua é cerca do dobro da contribuição do Sol e cada um deles produz uma força de maré máxima sobre um corpo na Terra da ordem de décimo de milionésimo (0,0000001) do peso do corpo. Newton desenvolveu, no século XVII, uma teoria de marés que permite compreender quantitativamente estes efeitos. Quando se quantifica forças de maré dos demais corpos (planetas) do sistema solar