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Uma borboleta celeste emerge do seu casulo de poeira

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Instrumento SPHERE revela um dos estágios mais precoces da formação de nebulosas planetárias Imagem VLT/SPHERE da estrela L2 Puppis e seus arredores.Crédito:ESO/P. Kervella Algumas das imagens mais nítidas obtidas com o Very Large Telescope do ESO revelaram pela primeira vez o que parece ser uma estrela velha a dar origem a uma nebulosa planetária em forma da borboleta. Estas observações da estrela gigante vermelha L2 Puppis, obtidas no modo ZIMPOL do recentemente instalado instrumento SPHERE, mostram também de forma clara uma companheira estelar próxima. As fases finais das estrelas continuam a suscitar muitas questões aos astrônomos, incluindo a origem de uma nebulosa bipolar como esta, com a sua estranha e complexa forma de ampulheta. A cerca de 200 anos-luz de distância, L2 Puppis é uma das gigantes vermelhas mais próximas da Terra que se sabe ter atingido já as fases finais da sua vida. As novas observações obtidas com o modo ZIMPOL do SPHERE foram feitas no visív

Nebulosa mostra fenômeno do "fluxo de champanhe"

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Esta nuvem de gás chamada RCW 34 é um local de formação estelar situado na constelação austral da Vela. [Imagem: ESO] Fluxo de champanhe Na região mais brilhante desta nebulosa resplandecente chamada RCW 34, o gás é aquecido de forma dramática pelas estrelas jovens, expandindo-se em direção ao gás mais frio à sua volta. Assim que o hidrogênio quente atinge o limite exterior da nuvem de gás, ele é liberado para o vácuo exterior, tal como o conteúdo de uma garrafa de champanhe quando se retira a rolha - um processo não coincidentemente chamado de fluxo de champanhe. No entanto, a região de formação estelar RCW 34 oferece mais do que umas tantas "bolhas de champanhe", já que, no coração desta nuvem, parecem ter ocorrido múltiplos episódios de formação estelar. Esta nova imagem obtida pelo telescópio VLT, no Chile, mostra uma espetacular nuvem vermelha de hidrogênio brilhante, por detrás de uma coleção de estrelas azuis situadas em primeiro plano. Essas estr

A visão mais detalhada até hoje do Universo distante

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Imagem composta do anel de Einstein de SDP.81 e da galáxia reconstruída.Crédito:ALMA (NRAO/ESO/NAOJ)/Y. Tamura (The University of Tokyo)/Mark Swinbank (Durham University) A Campanha de Linha de Base Longa do ALMA produziu uma imagem muito detalhada de uma galáxia distante afetada por lente gravitacional. A imagem mostra uma vista ampliada das regiões de formação estelar na galáxia, com um nível de detalhe nunca antes alcançado numa galáxia tão remota. As novas observações são muito mais detalhadas do que as obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA e revelam regiões de formação estelar na galáxia equivalentes a versões gigantes da Nebulosa de Orion. A Campanha de Linha de Base Longa do ALMA produziu algumas observações extraordinárias e coletou informação com um detalhe sem precedentes dos habitantes do Universo próximo e longínquo.  Foram feitas observações no final de 2014 no âmbito de uma campanha que pretendeu estudar uma galáxia distante chamada HATLAS J

Estrelas exiladas explodem longe de casa

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Impressão de artista de uma supernova do Tipo Ia a explodir na região entre galáxias num grande enxame galáctico, uma das quais é visível à esquerda. Crédito: Dr. Alex H. Parker, NASA e SDSS Imagens nítidas obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble confirmam que três supernovas descobertas há vários anos atrás explodiram no vazio escuro do espaço intergaláctico, tendo sido arremessadas das suas galáxias-mãe milhões ou milhares de milhões de anos antes. A maioria das supernovas são descobertas dentro de galáxias que contêm centenas de milhares de milhões de estrelas, uma das quais pode explodir por século e por galáxia. No entanto, estas supernovas solitárias foram encontradas entre galáxias em três grandes enxames com vários milhares de galáxias cada. As vizinhas mais próximas das estrelas estavam provavelmente a 300 anos-luz de distância, quase 100 vezes mais distantes que o nosso vizinho estelar mais próximo, Proxima Centauri, a 4,24 anos-luz de distância. Estas supernovas

Uma celebração cósmica borbulhante

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Esta colorida nuvem de gás chamada RCW 34 é um local de formação estelar situado na constelação austral da Vela. Esta imagem foi obtida pelo instrumento FORS montado no Very Large Telescope do ESO, no norte do Chile.Crédito:ESO Na região mais brilhante desta nebulosa resplandescente chamada RCW 34, o gás é aquecido de forma dramática pelas estrelas jovens, expandindo-se em direção ao gás mais frio à sua volta. Assim que o hidrogênio quente atinge o limite exterior da nuvem de gás, é liberado para o vácuo exterior tal como o conteúdo de uma garrafa de champanhe quando se retira a rolha — num processo chamado fluxo de champanhe. No entanto, a jovem região de formação estelar RCW 34 oferece-nos mais do que uma quantas "bolhas", já que no coração desta nuvem parecem ter ocorrido múltiplos episódios de formação estelar. Esta nova imagem obtida pelo Very Large Telescope do ESO (VLT), no Chile, mostra uma espetacular nuvem vermelha de hidrogênio resplandescente, por d

Hubble descobre que luas de Plutão cambaleiam num caos absoluto

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Este conjunto de ilustrações da lua de Plutão, Nix, mostra como a orientação muda imprevisivelmente à medida que orbita o sistema Plutão-Caronte. São baseadas numa simulação computacional que calculou o movimento caótico das quatro luas mais pequenas do sistema. Os astrónomos usaram esta simulação para tentar compreender as mudanças na luz refletida por Nix à medida que orbita Plutão-Caronte. Também descobriram que outra lua de Plutão, Hidra, tem igualmente uma rotação caótica. A forma alongada de ambas as luas contribui para o seu movimento selvagem. Crédito: NASA, ESA, M. Showalter (Instituto SETI), G. Bacon (STScI) Se vivêssemos numa das luas de Plutão, teríamos muita dificuldade em determinar quando, ou a partir de que direção, o Sol nascia a cada dia. Uma análise compreensiva de dados do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA mostra que duas das luas de Plutão, Nix e Hidra, oscilam de forma imprevisível. "O Hubble forneceu uma nova visão de Plutão e das suas luas, rev

Morrendo em Marte: saiba todos os detalhes antes dessa viagem sem volta

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Diversas notícias têm sido publicadas recentemente sobre a viagem a Marte que será realizada entre 2022 e 2024 – inclusive, uma das principais candidatas à jornada é uma brasileira O projeto Mars One pretende enviar pessoas de diferentes nacionalidades ao Planeta Vermelho para iniciar um possível processo de colonização, além de trazer o conceito de reality show. Apesar de muitas pessoas permanecerem céticas em relação à existência real de tal projeto, o fato é que milhares de pessoas se candidataram às vagas de possíveis astronautas (mesmo que o ticket de retorno do Planeta Vermelho não seja garantido). Contudo, estudos de muitos cientistas já dizem que os voluntários podem morrer antes mesmo de chegar ao destino. Só que existem muitos outros desafios para as pessoas que pretendem viajar ao inóspito local. O ambiente marciano é extremamente diferente do que encontramos na Terra, e estabelecer um habitat em que os seres humanos sejam capazes de sobreviver exigirá enormes quantidades

Órbitas ciculares para exoplanetas pequenos

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O sistema compacto, chamado Kepler-444, é o lar de cinco planetas pequenos em órbitas muito íntimas. Os planetas foram detetados através da diminuição de brilho que ocorrem quando transitam o disco da estrela, como ilustrado nesta impressão de artista. Crédito: Tiago Campante/Peter Devine Visto de cima, as órbitas dos planetas do nosso Sistema Solar em torno do Sol assemelham-se com anéis em volta de um alvo. Cada planeta, incluindo a Terra, desloca-se num percurso quase circular, mantendo quase sempre a mesma distância ao Sol. Durante décadas, os astrónomos tentaram saber se as órbitas circulares do Sistema Solar são raras no Universo. Agora, uma nova análise sugere que tal regularidade orbital é, pelo contrário, a norma, pelo menos para sistemas com planetas tão pequenos quanto a Terra. Num artigo publicado na revista The Astrophysical Journal, investigadores do MIT (Instituto de Tecnologia do Massachusetts) e da universidade de Aarhus na Dinamarca relatam que 74 exoplanetas,

Rumo a Europa, lua-oceano de Júpiter

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A Nasa acaba de anunciar os nove instrumentos que devem voar na espaçonave destinada a explorar Europa, a lua oceânica de Júpiter com maior potencial para abrigar vida. Concepção artística de plumas de água emanando de Europa, lua de Júpiter (Crédito: Nasa) Vista de longe, ela é apenas uma bola de gelo — nada mais que um pequeno ponto de luz, observado pela primeira vez por Galileu Galilei em 1610. Contudo, os sobrevoos realizados pelas Voyagers, em 1979 e 1980, e mais tarde pela sonda Galileo, nos anos 1990, revelaram a presença de um oceano global de água líquida sob a superfície congelada, além de muitos mistérios intrigantes. O segredo para a persistência de água em estado líquido é o poderoso efeito de maré exercido pelo planeta gigante, conforme a lua gira em torno dele. Em Europa, esse oceano deve ter existido por bilhões de anos”, disse John Grunsfeld, vice-administrador científico da Nasa. “Estou muito empolgado. A maioria dos cientistas acredita que foi num ambiente

Auroras marcianas são visiveis a olho nu

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Interpretação de artista do aspeto das auroras perto das anomalias magnéticas em Marte. Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS e CSW/DB Pela primeira vez, uma equipe internacional de cientistas da NASA, do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble (IPAG), da ESA e da Universidade de Aalto na Finlândia, previu que as brilhantes e coloridas auroras podem ser vistas a olho nu num planeta rochoso que não a Terra - Marte. Auroras marcianas visíveis pareciam possíveis depois do instrumento SPICAM a bordo da sonda Mars Express da ESA as ter avistado a partir do espaço em 2005. Essas observações foram confirmadas em março de 2015 pela missão MAVEN da NASA, que completou 1000 órbitas em redor do Planeta Vermelho no dia 6 de abril de 2015. Graças a experiências laboratoriais e a um modelo numérico físico desenvolvido pela NASA e pelo IPAG, o estudo mostra que, em Marte, as auroras também ocorrem na faixa do visível. A cor mais intensa é azul profundo. Tal como na Terra, as cores ve